segunda-feira, 19 de março de 2012

O enganoso Campeonato Mineiro

Atlético Mineiro: 7 jogos, 7 vitórias, 18 gols feitos, 5 gols sofridos, 100% de aproveitamento, 21 pontos
Cruzeiro: 7 jogos, 6 vitórias, 18 gols feitos, 3 gols sofridos, 85,7% de aproveitamento, 18 pontos.

Quem vê esses números isoladamente acredita que Atlético e Cruzeiro estão jogando demais neste início de ano. Muita ilusão.

O Cruzeiro tem a melhor defesa da competição, com apenas 3 gols sofridos em 2 dos 7 jogos. Mas o sistema defensivo da Raposa ainda é um caos.  Não fosse os péssimos atacantes dos times do interior, esse número seria multiplicado por 5. Ou seja, o Campeonato Mineiro engana qualquer desavisado. A fragilidade defensiva do Cruzeiro fica exposta claramente todos os jogos. Contra o Villa Nova, o time de Nova Lima não abriu o marcador por puro nervosismo, pois oportunidades não faltaram. Léo continua inseguro. Victorino continua confuso tendo que marcar os atacantes adversários e prever as falhas de Léo. Leandro Guerreiro e Marcelo Oliveira são bons jogadores, mas ainda não passam toda a segurança para a zaga. O meio de campo precisa de um cão de guarda, alguém como Pierre do Atlético Mineiro. Vágner Mancini poderia testar Diego Arias, que mal está sendo relacionado para os jogos.

A parte boa deste início de ano é ver que o ataque do Cruzeiro está recuperando a confiança. Pelo menos para isso o Campeonato Mineiro serve: dar confiança aos atacantes. Wellington Paulista e André são as provas disso. Ano passado, ambos viviam péssimas fases. Este ano já são vistos como matadores implacáveis por conta da artilharia do campeonato. Apesar de achar que o sistema ofensivo do Cruzeiro com Roger (Elber), Montillo, Wallyson e Walter (Anselmo Ramon) e do Atlético com Escudero, Bernard, André e Guilherme, podem dar trabalho aos adversários, ainda é muito cedo para se entusiasmar.

No Atlético, os 100% de aproveitamento dão a impressão que o time está voando no campeonato. Mas as vitórias não entusiasmam nem o mais confiante dos atleticanos. Somente em um dos jogos o Atlético venceu com grande superioridade. A maioria das vitórias foi a conta do chá. Pela Copa do Brasil, o Galo sofreu para ganhar do Cene do Mato Grosso.

De positivo neste início de ano que dá para constatar no Atético é o grande poder de reação da equipe. Algo que faltava aos elencos anteriores do Galo. Outro fator positivo do time atleticano é a importância dos jogadores do banco de reservas. Por vezes, os suplentes decidiram a partida. Para mim, a grande esperança do Atlético para 2012 é que Guilherme resolva jogar bola. Ele já mostrou que é diferenciado, mas sua preguiça é contagiante.

Pelo menos em 2012 os torcedores não estão tão iludidos com os times. Se fosse em anos anteriores, com campanhas iniciais assim no estadual, já teria atleticano e cruzeirense falando de Tokio. Está evidente o abismo existente entre os times da capital e os do interior. Aliás, essa é a tendência do futebol brasileiro. O Campeonato Mineiro não empolga ninguém e deveria ser extinto nos próximos anos. Os públicos de Cruzeiro em Atlético em 2012 comprovam isso:

4.419 Atlético X Boa
4.825 Cruzeiro X Guarani MG
3.752 Atlético X Caldense
1.923 Cruzeiro X Tupi
4.067 América MG X Atlético (pior público da história do confronto)
3.098 Cruzeiro X América de Teófilo Antoni
3.659 Atlético X Nacional
3.561 Cruzeiro X Villa Nova

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por participar do Dibico E.C

Siga-nos no Twitter: @dibicoec
E curta-nos no Facebook: www.facebook.com/dibicoec

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...