segunda-feira, 30 de abril de 2012

O renascimento do América em pleno centenário

O América já foi o maior clube de Minas Gerais junto com o Atlético, época em que os dois clubes faziam o chamado clássico das multidões. Porém, ao longo do tempo, o time foi se apequenando e perdendo espaço no cenário nacional. O início do século XXI foi assustador para o coelho, que foi rebaixado para a terceira divisão do Brasileiro em 2004, não disputou sequer a Série C em 2007 e foi para a segunda divisão do Campeonato Mineiro. O time que sempre se destacou por ter uma divisão de base forte, que revelou grandes nomes para o futebol mundial, como Jair Bala, Fred, Gilberto Silva, entre outros, já não conseguia  ter destaque nas competicoes que disputava.


Mas a diretoria do América trabalhou sério e mesmo com pouca verba para investir no clube, realizou um processo de renovação e conseguiu se reestruturar. O time voltou para a segunda divisão em 2010 e, em seguida, à elite do futebol brasileiro, atuando na Série A do Brasileirão de 2011. Mesmo sendo o lanterna durante boa parte da competição que reúne os principais clubes do futebol brasileiro, o coelho conseguiu praticar um futebol de qualidade, sendo superior aos rivais Atlético e Cruzeiro. É bem verdade que o time não conseguiu vencer muitos jogos, pois deixou a insegurança tomar conta em algumas oportunidades em que o time abria o placar mas deixava o adversário se recuperar na etapa final. Além disso, o América pecou em apostar em Antônio Lopes para comandar o time em parte da competição nacional. Lopes é um péssimo treinador, desconhecia a qualidade do elenco alviverde e desmereceu a história do coelho. Com a chegada de Givanildo Oliveira, o time cresceu e no final do campeonato chegou a ameaçar uma reação histórica, vencendo o líder Corinthians, o Fluminense e o Vasco. Mas foi tarde demais e a reação ficou só na ameaça, culminando no retornou do clube à segunda divisão.

Mesmo com o descenso, é notório o bom trabalho que a diretoria americana vem fazendo junto à comissão técnica nos últimos anos. O processo de reestruturação do coelho está sendo bem executado e, por isso, ninguém culpou Sallum ou algum outro membro da diretoria pelo rebaixamento. O clube também fez bem em manter Givanildo no cargo de treinador, pois foi ele quem conseguiu dar padrão de jogo e equilíbrio  à equipe mineira.

Nesse ano comemorativo dos 100 anos do clube, o coelho foi eliminado pelo Goiás na Copa do Brasil, mas por muito pouco não conseguiu a classificação. No Campeonato Mineiro ficou na terceira posição e eliminou o Cruzeiro nas semi finais, chegando à final depois de 11 anos. A finalíssima começa a ser decidida na semana que vem.

O torcedor americano está em festa! O estádio Independência nunca esteve tão bonito e há um bom tempo o time não tinha a oportunidade de brigar por um título de primeira linha. Mas o americano tem um motivo ainda maior para comemorar: o torcedor americano voltou a se orgulhar de seu time. O americano voltou a ter prazer de torcer por um time que tem raízes, história e tem um time capaz de brigar com qualquer equipe do futebol brasileiro. E na segunda divisão do Brasileiro chegará cheio de moral, como um dos favoritos para levantar o caneco.

O DiBico E.C parabeniza o centenário América e torce para que o clube consiga lutar cada dia mais para retomar seu lugar de destaque no futebol nacional. Lugar este que jamais deveria ter sido desocupado pelo coelho saudoso mineiro.


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