Coluna do Mr. Campbell: THE KNICKS ARE BACK

Hey Brasil, como prometido estou de volta para contar o que de mais importante (ou, de repente, nem tanto assim) aconteceu na esfera esportiva nos Estados Unidos na última semana. Bom, a off-season da NFL continua pegando fogo com o escândalo "Bounty" envolvendo o meu time do coração: o New Orleans Saints (Who dat?). Como toda a história daria um livro e os últimos capítulos ainda estão por vir, deixaremos para falar disso em outra oportunidade. 

Na NHL a temporada regular chegou ao fim e a disputa dos playoffs já começou, mas, e peço desculpas por não ter esclarecido isso antes, Hockey é um esporte muito gelado, e aqui na Lousiana não gostamos muito de frio. Portanto, NHL não é importante para nós. AND GUESS WHAT? Bubba Watson conquistou o seu primeiro Major neste último domingo, ao se sagrar campeão do Masters (mais tradicional torneio de Golf do mundo). MAS, e acredito que vocês concordam comigo, qualquer notícia relacionada ao Golf que não envolva Tiger Woods, sua conta bancária e alguma de suas 23 amantes, também não tem qualquer relevância.

Então vamos ao que interessa

THE KNICKS ARE BACK

Nada me chamou mais atenção nesta semana do que o Comeback realizado pelo New York Knicks.

Quando a temporada NBA começou, muita expectativa cercava o time de New York. O elenco do coach Mike D'Antoni, que já contava com 2 All-Star (Carmelo Anthony e Amare Stoudemire), foi fortemente reforçado com as aquisições do pivô Tyson Chandler, que chegou do atual campeão Dallas Mavericks, dos experientes armadores Baron Davis e Mike Bibby e do excelente ala J.R Smith (aquele que postou a foto de sua namorada semi nua no twitter). Com todos esses reforços de peso, contando com 2 dos melhores jogadores do mundo, bons jovens valores como Landry Fields e Toney Douglas, e com a idade pesando para o Boston Celtics, o Knics tinha tudo para conquistar a Divisão do Atlântico da Conferência Leste.

Mas o que se viu em quadra quando a temporada começou foi um completo desastre. Apesar de contar com excelentes talentos, o time do Knicks não vingou. O estilo de basquete fluido do coach Mike D'Antoni, que fez muito sucesso com o Steve Nash e Amare Stoudemire no Phoenix Suns, não funcionou em New York.

Com uma das piores defesas da liga, sofrendo mais de 100 pontos de ataques anêmicos, como o do Charlotte Bobcats, com um ataque completamente desorganizado e com a falta de um armador decente (Baron Davis praticamente não jogou em virtude de uma lesão) para trabalhar principalmente o pick and roll com Amare Stoudemire e Tyson Chandler, o time de New York ficou refém do jogo de Crazy Shoots de sua principal estrela, Carmelo Anthony. E, apesar de ser um dos melhores True Shooters da liga (provavelmente atrás apenas de Kevin Durant), Melo não conseguiu carregar o time, alternando noites monumentais com noites bizarras.

Precisando desesperadamente de um armador que tirasse o peso do jogo de Melo, e após tentar com vários jogadores, o treinador resolveu dar uma oportunidade para Jeremy Lin, um armador com descendência asiática, formado em Harvard (intelligence LVL ASIAN), com nenhuma experiência na liga e com nenhuma cara de jogador de basquete. Ok, os Knicks finalmente tinham chegado ao fundo do poço.

Porém, contra todas as expectativas, liderados pelo desconhecido Jeremy Lin, o time venceu 9 de 11 partidas, voltando a sonhar com os playoffs. Nesse período o chinês teve uma média espetacular de mais de 23 pontos, incluindo uma das melhores perfomances do ano: 38 pontos na vitória sobre o Lakers.

No entanto, nem mesmo a Linsanity (nome dado a euforia criada pelas atuações sensacionais de Jeremy Lin) conseguiu salvar o coach Mike D'Antoni, e logo os erros, principalmente defensivos, acabaram por derrubá-lo de vez.

Mike Woodson, então assistente técnico, foi promovido ao cargo de técnico interino, e o que poderia significar o final antecipado da temporada, na verdade fora a salvação para o time da Big Apple.

Empregando uma mudança de postura imediata, Mike Woodson passou a priorizar o jogo defensivo, e contando com uma ajuda de Tyson Chandles, um dos melhores jogadores defensivos da liga, o novo sistema logo foi assimilado pelo time. A equipe que antes entrava em quadra pensando em quantos pontos tinha que fazer, agora entra em quadra pensando em quanto pontos pode levar. 

Jogando defensivamente, e jogando MUITO, diga-se de passagem, o time cresceu de rendimento, engrenou vitórias e voltou à zona dos playoffs.

O crescimento da defesa, evidentemente, melhorou o ataque, não tendo que abusar dos Crazy Shoots para pontuar rapidamente. O jogo de trabalho de bola tirou o peso das costas de Carmelo Anthony, que voltou a jogar bem, especialmente nas últimas duas semanas, quando seu aproveitamento de Field Goals (arremessos de quadra) está muito acima da média do restante da temporada. 

O ponto chave dessa recuperação aconteceu domingo, na vitória sobre o líder da Conferência, o Chicago Bulls (provável adversário do Knicks nos playoffs). Jogando coletivamente na defesa, e com uma atuação impecável de Melo (43 pontos, incluindo a cesta da vitória) a equipe de New York, mandou um recado a toda a liga: Don't Forget About Us!!! We are back!!!

E eu aviso: não contem com o Knicks como carta fora do baralho. Esse time pode ir longe nos playoffs. Tem os jogadores necessários, uma nova mentalidade vencedora, uma torcida apaixonada e principalmente: They're on fire!

Confira abaixo a sensacional cesta de Carmelo Anthony nos instantes finais, garantindo a vitória para os Knics sobre os Bulls já na prorrogação:

IMPÉRIO DO MAL

Bom, para aqueles que não leram a minha primeira coluna, eu sempre guardarei espaço especial para cornetar Tony Romo, King James e o New York Yankees. 

Infelizmente, Tony Romo está de férias (assim como toda a NFL) e portanto não conseguiu realizar nenhuma façanha essa semana. Lebron James jogando como MVP em Miami, não pipocou no último quarto de nenhuma partida esta semana e é hoje (digo com muito pesar) o melhor jogador de basquete do mundo. Mas não se preocupem, logo, logo ele nos banhará com alguma diversão.

MAS, não tem erro, um dos três sempre nos dará bons motivos para rir. E esta semana o New York Yankees não nos decepcionou.

Na série de abertura da temporada da MLB, contra o Tamba Bay Rays, o Império do Mal foi varrido, isso mesmo, perdeu os 3 jogos da série, e começou a temporada com o pé esquerdo. 

Algo me diz que os Yankees enfrentarão problemas esta temporada com essa rotação titular. CC Sabantha é um dos 3 melhores Pitchers do mundo, sem dúvidas, e o Kuroda é um excelente starter, mas o  restante da rotação fede. Mariano Rivera, Rafael Soriano e todo o Bullpen do Yankees terão trabalho.

Espero que tenham gostado da coluna desta semana, vejo vocês na semana que vem.