Cruzeiro mais uma vez só joga no segundo tempo, e perde

O Cruzeiro entrou em campo pressionado,  após ser eliminado no Campeonato Mineiro precocemente pelo América. A raposa ainda tinha o desfalque do principal jogador, o argentino Montillo. O treinador Vágner Mancini colocou seu time em campo desta maneira:

As novidades eram a escalação com três volantes e a estréia do zagueiro Alex Silva no lugar de Victorino.

Já o Atlético Paranaense vinha empolgado com a campanha no campeonato estadual e a classificação com goleada na Copa do Brasil contra o Criciúma. Além disso, o furacão contava com um dos artilheiros da competição, o equatoriano Guerrón, que teve passagem apagada pelo Cruzeiro. O Atlético foi a campo dessa maneira: Vinícius, Gabriel Marques, Manoel, Bruno Costa e Heracles. Deivid, Paulo Baier e Martín Liguera. Guerrón, Edigar Junio, Patrick. 

Na escalação já dava para ter noção do que esperar dos times. O Cruzeiro com 3 volantes e o Atlético Paranaense com 3 atacantes. Mas ai você fala "você não criticava tanto o Cruzeiro com 3 atacantes? mimimi" Sim, porque a raposa não tem atacantes velozes para jogar nessa formação. O furacão tem e pode montar um time para jogar em função desses jogadores. 

Logo no início do jogo a superioridade do time paranaense era evidente. Enquanto o Cruzeiro não sabia sair tocando a bola, o Atlético Paranaense dominava a partida. Em 10 minutos dois gols para o furacão, um em empedimento. Vágner Mancini começou a reclamar de Diego Renan por falhas na marcação, mas parece que somente o treinador cruzeirense não sabia do ataque pelas pontas do time adversário. Só ele mesmo ficou surpreso com isso. Aliás, ele é sempre o último a saber das coisas. 

Aos 38 minutos algo bizarro aconteceu. O armador Roger alertou Vágner Mancini que ele estava sem opções de lançamento. Qual foi a resposta do treinador? "Pode pedir para o Anselmo Ramon e o Wellington Paulista abrirem mais e buscarem mais o jogo um de cada lado". Mas eles são jogadores de área. Parece que só Mancini não sabe disso. Eles não podem jogar juntos, pois têm as mesmas características e deficiências.

O jogo continuou sem muitos lances e com muitas faltas. O Atlético Paranaense não chegava pois diminuiu o ritmo e o Cruzeiro também não, mas por ruindade mesmo. 

Depois do intervalo os dois treinadores mexeram nas equipes. Vágner Mancini tirou Amaral e colocou o estreante Souza, que não havia feito nenhum treino coletivo. Carrasco sacou Liguera e Edigar Junior e colocou Zezinho e Bruno Mineiro.

O time celeste melhorou na partida, enquanto o rubronegro recuou e ficou dependente dos contra-ataques. Aos 10 minutos Roger acertou chute no travessão. 5 minutos depois Carrasco promoveu mais uma alteração, tirando Paulo Baier e colocando Renan Teixeira, recuando ainda mais seu time. 

Em seguida, Wallyson entrou no Cruzeiro para dar mais velocidade ao time celeste, no lugar de Wellington Paulista, que quase não foi visto em campo. Contudo, Wallyson pouco acrescentou. Parece que o jogador está com algum tipo de verme que o impede de correr e se interessar com a partida. 

O Cruzeiro, mesmo melhor, pouco conseguiu levar perigo ao time adversário. A não ser quando Marcelo Oliveira errou um gol na pequena área. Mas foi o Atlético Paranaense que mais assustou com Patrick acertando a trave de Fábio.

Para não perder o costume, Vágner Mancini fez um bolo doido no time, tirando Roger (machucado) e colocando o lateral esquerdo Gilson ao invés de Élber. 

No final, o time atleticano sentiu o cansaço e mesmo assim o Cruzeiro não conseguiu impor sua superioridade e transformar suas chances em gols. Fim de jogo. Atlético Paranaense 1 X 0 Cruzeiro. As duas equipes se enfrentam quarta-feira que vem às 21:50 na Arena do Jacaré em 7 Lagoas para decidir quem avança para a semifinal. O furacão precisa de um empate para seguir. O Cruzeiro precisa de uma vitória e uma grande melhora na equipe. De consolo para o torcedor celeste, somente a boa estreia de Alex Silva, que melhorou a zaga da equipe.